Sócrates Platão e o Espiritismo

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Sócrates Platão e o Espiritismo: “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, obra de Allan Kardec, não se limita a explorar os ensinamentos de Cristo no contexto histórico e cultural de sua época. Ele também destaca a influência de grandes pensadores da Antiguidade, como Sócrates e Platão, que, mesmo vivendo séculos antes do nascimento de Cristo, apresentaram ideias que se alinham aos princípios do cristianismo e do Espiritismo. Essa conexão é explorada por Kardec como uma forma de demonstrar a universalidade das verdades espirituais e a continuidade do progresso moral e intelectual da humanidade.

A Filosofia Clássica como Preâmbulo do Espiritismo e do Cristianismo

Na introdução de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec afirma que os ensinamentos de Sócrates e Platão podem ser vistos como um preparo para a mensagem de Cristo. Esses pensadores gregos abordaram conceitos como a imortalidade da alma, a existência de uma verdade suprema e a importância da virtude, temas que mais tarde seriam aprofundados pelo cristianismo e reinterpretados sob a luz do Espiritismo.

Ao contextualizar esses ensinamentos, Kardec oferece uma perspectiva que transcende as barreiras do tempo e da cultura, reforçando a ideia de que as leis divinas se manifestam progressivamente, adaptando-se à capacidade de compreensão de cada época.

Os Ensinamentos de Sócrates e Platão e Sua Relevância para o Espiritismo

1. Sócrates e a Imortalidade da Alma

Sócrates, considerado o pai da filosofia ocidental, defendia a ideia de que a alma é imortal e sobrevive à morte do corpo físico. Para ele, a verdadeira sabedoria consistia em conhecer a si mesmo e buscar a virtude como caminho para a realização espiritual. Essa visão se alinha aos princípios do Espiritismo, que também reconhece a imortalidade da alma e sua evolução através de múltiplas existências.

No diálogo “Fédon”, Sócrates expõe argumentos racionais para a imortalidade da alma, destacando a relação entre o mundo material e o espiritual. Esses conceitos seriam retomados por Cristo em seus ensinamentos sobre a vida eterna e ampliados pelo Espiritismo, que oferece evidências da sobrevivência do espírito através da comunicação mediúnica.

2. Platão e a Existência de um Mundo Espiritual

Discípulo de Sócrates, Platão desenvolveu a ideia de um mundo espiritual perfeito, conhecido como o mundo das ideias, que seria a verdadeira realidade. Para Platão, o mundo material é apenas uma sombra do plano espiritual, onde residem as essências imutáveis e eternas. Esse conceito encontra eco no cristianismo, que enfatiza a superioridade do reino dos céus sobre os prazeres terrenos, e no Espiritismo, que ensina sobre as diferentes dimensões espirituais e a jornada evolutiva dos espíritos.

No diálogo “A República”, Platão utiliza o famoso Mito da Caverna para ilustrar como a humanidade está presa às ilusões do mundo material e precisa buscar a verdade no plano espiritual. Essa visão se harmoniza com a mensagem de Cristo no evangelho, que convida os seres humanos a se desapegarem dos bens materiais e a se dedicarem às virtudes espirituais.

3. A Influência de Sócrates e Platão na Mensagem de Cristo

Embora Cristo não tenha citado diretamente os filósofos gregos, sua mensagem reflete muitos dos princípios por eles defendidos. O amor ao próximo, a busca pela verdade e a valorização da vida espiritual sobre a material são temas centrais tanto nos ensinamentos de Sócrates e Platão quanto no evangelho.

Allan Kardec destaca que esses pensadores foram instrumentos da providência divina para preparar a humanidade para a mensagem de Cristo. Suas ideias ajudaram a moldar o pensamento ocidental, criando as bases filosóficas para a aceitação do cristianismo e, posteriormente, do Espiritismo.

4. O Espiritismo como Continuidade das Verdades Universais

O Espiritismo, apresentado em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, não pretende substituir o cristianismo, mas sim ampliar sua compreensão, mostrando que os ensinamentos de Cristo têm um caráter universal e atemporal. Ao reconhecer a contribuição de Sócrates e Platão, o Espiritismo reforça a ideia de que a revelação divina é progressiva e se adapta à capacidade de entendimento de cada época.

Os princípios do Espiritismo, como a imortalidade da alma, a comunicação dos espíritos e a lei de causa e efeito, encontram suporte nos ensinamentos filosóficos e na mensagem de Cristo. Essa harmonia entre cristianismo, filosofia clássica e Espiritismo demonstra a unidade do pensamento espiritual ao longo da história.

Conclusão: Sócrates, Platão e a Universalidade dos Ensinamentos de Cristo

Sócrates Platão e o Espiritismo: Ao explorar a relação entre os ensinamentos de Sócrates, Platão e Cristo, Allan Kardec demonstra como “O Evangelho Segundo o Espiritismo” transcende as barreiras do tempo e da cultura. Esses grandes pensadores prepararam o caminho para a mensagem cristã e para a compreensão mais ampla oferecida pelo Espiritismo.

A imortalidade da alma, a busca pela verdade e a valorização das virtudes espirituais são princípios que unem essas três correntes de pensamento, mostrando que as verdades espirituais são universais e atemporais. Ao reconhecer essa continuidade, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” se firma como uma obra que ilumina o caminho para a evolução moral e espiritual da humanidade, reafirmando a harmonia entre filosofia, cristianismo e Espiritismo.

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